Quatro isolados de leveduras foram obtidos de madeira apodrecida e galerias de besouros passalídeos coletados em diferentes locais da Floresta Amazônica brasileira no Brasil. Esta levedura produz ascos alantoides não conjugados, cada um com um único ascósporo alongado com extremidades curvas. A análise da sequência da região 5.8 S do espaçador interno transcrito e dos domínios D1/D2 do gene RNA ribossomal da subunidade grande (rRNA) mostrou que os isolados representam uma nova espécie do gênero Spathaspora. A nova espécie é filogeneticamente relacionada a um subclado contendo Spathaspora arborariae e Spathaspora suhii. A análise filogenômica baseada em ortólogos de cópia única de 1884 para um conjunto de espécies de Spathaspora cujas sequências do genoma completo estão disponíveis confirmou que a nova espécie representada pela cepa UFMG-CM-Y285 é filogeneticamente próxima de Sp. arborariae. O nome Spathaspora marinasilvae sp. é proposto para acomodar as novas espécies. O holótipo de Sp. marinasilvae é CBS 13467 T (MycoBank 852799). A nova espécie foi capaz de acumular xilitol e produzir etanol a partir de d-xilose, uma característica de interesse biotecnológico comum a várias espécies do gênero Spathaspora.